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Friday, April 24, 2015

Militares, salvem o Brasil

Eu cresci em um ambiente onde militarismo era sinônimo de ditadura, tortura, crime e mal. Eu cresci imaginando que pertencer a essa classe de pessoas era a pior coisa que um homem poderia fazer. Quando eu fui convidado a jurar a bandeira do Brasil eu faltei à sessão. Quando chegou o dia de me alistar fiquei cantarolando musicas de deboche e me deitando em minha carteira, à medida que as horas passavam, com a feliz sensação de que seria mais um membro do excesso de contingente que comummente ocorria à todos de Itaguaí que se alistavam em Sta. Cruz.

Eu não entendia, eu não sabia. Eu não compreendia que quando um homem se propõe a vestir uma farda ele se dispõe a morrer pela sua família, seu  povo, sua nação. Eu não sabia que quando um homem ou uma mulher decidem defender sua pátria eles estão, de fato, sendo movidos pelos mais nobre sentimentos que uma alma pode almejar.

Mas, esse não foi o Brasil onde eu cresci. Esse não foi o Brasil onde eu estudei. Este não foi o Brasil que eu convivi nas minhas quase três primeiras décadas de vida.

O Brasil onde eu cresci era um Brasil onde militar é corrupto e carrasco. O Brasil onde eu estudei era o Brasil onde militar era golpista e usurpador. O Brasil que eu convivia era o Brasil onde cada um é por sí e os militares só servem para abocanhar uma boa fatia das verbas tributárias e viver uma vida folgada, mansa, como quem não quer nada.

Eu vivi minha infância acreditando que policial era bandido e que bandido era bandido também. Eu vivi minha infância tentando compreender por que razão alguém seria capaz de dar a vida por outrem.

Enfim, acho que esta resposta me está a chegar. Ainda não possuo filhos, mas começo, aos trinta; à compreender o que significa dar a vida por outrem. O que significa viver por brio e valores pelos quais apenas os heróis vivem e morrem.

Estou feliz com minhas recentes descobertas e espero que o restante de meu país possa se assumir contente também imerso nessa vontade de servir ao próximo que tanto representam a farda e os brasões.

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