Eu defendo a privatização total de Hans Herman Hoppe, Murray
Rothbard e David Friedman. Porém reconheço que isso se dará muito mais por uma
conquista do mercado do que por uma desistência do estado. Por isso busco votar
em quem defenda o “mínimo possível de estado”.
Meus críticos defendem que não há no mundo uma experiência
Libertária significante, logo não devemos adotar pioneiramente essas ideias. Discordo
diametralmente, porém - já que se trata de experiências relevantes já
praticadas – gostaria de citar o exemplo de Hong Kong.
A cidade-estado era um monte de rocha sem futuro por não ter
a capacidade de produzir praticamente nada e por não ter riquezas naturais.
Como solução adotou-se lá um regime de estado severamente limitado e com
barreiras alfandegárias praticamente nulas, tornando o comércio exterior a
única saída para seu povo.
O fato de se abolir tarifas de importação e subsídios à indústria
nacional provou-se o único jeito de se produzir uma indústria interna realmente
produtiva e eficaz.
Pesquisas indicam que a baixa produtividade brasileira é o
fator determinante para que o Brasil permaneça até hoje como um “país de classe
média”. E isso não tende a mudar caso reformas liberalizantes que abram
completamente os mercados brasileiros à competição externa não sejam adotadas.
O Brasil é como uma criança andando em uma bicicleta com
rodinhas para proteger a criança de tombos e machucados. O resultado prático é
que não se alcançam maior velocidade e eficiência. O Brasil precisa “retirar as
rodinhas (leis protecionistas)” para efetivamente se tornar um país com uma
indústria eficiente e uma qualidade de vida de primeira classe.