Eu não costumo falar muito de anarcocapitalismo, pois ainda é um assunto muito rechaçado em nossa sociedade. Procuro pessoas que possam ser mais seníveis aos argumentos para expor-lhes essas idéias, mas geralmente me posiciono como um minarquista pois assim, pragmaticamente, posso contribuir na direção do liberalismo.
Tendo em vista que o libertarianismo é uma filosofia não-violenta será impossível que se estabeleça através da força o de alguma forma de golpe. A única maneira de ser implantado em algum país é através de uma hegemonia do pensamento libertário, principalmente e essêncialmente por parte da classe política e governante. Somente através de políticos libertários é que o anarcocapitalismo poderá vir a surgir um dia.
Como seria? Os governantes libertários teriam a tarefa de reduzir sistemáticamente o Estado através de toda forma de privatizações, desregulamentações e desestatizações. Até chegar em um ponto onde só faltasse os setores mais estratégicos de uma sociedade, segurança e justiça.
Quando a determinada sociedade libertária, não há necessidade que o povo tenha um vasto conhecimento do libertarianismo, contanto que a classe política governante o tenha; chegasse ao ponto em que só fosse preciso desestatizar os setores da segurança e da justiça, nesse ponto seria o momento chave de ação dos políticos libertários que seria responsáveis por fazer com que o povo se habituasse a deixar de usar tribunais, cortes, delegacias e policiais estatais, isso demandará tempo e os governantes deverão ter em mente que aos poucos as agências de arbitragens, segurança, justiça e policiamento privadas sejam assimiladas pela população de forma que essas opções estatais deixem gradualmemte de ser utilizadas.
Esse é o principal ponto onde minarquistas e anarcocapitalistas divergem. Minarquistas não acreditam que isso possa ser feito ao passo que anarcocapitalistas acreditam. Óbvio que não tenho a bagagem intelectual e o talento de um Ludwig von Mises, que não acreditava na privatização das forças policiais. Mas já temos bastante autores modernos que acreditam nesa possibilidade, como Hans Herman Hoppe e David Friedman por exemplo.
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